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Notícia Travessia do Atlântico: Beto Pandiani e Igor Bely chegam aos trópicos

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01/04/2013

Travessia do Atlântico: Beto Pandiani e Igor Bely chegam aos trópicos

Beto Pandiani e Igor Bely já ultrapassaram as primeiras 1.000 milhas náuticas (1.852 quilômetros) Travessia do Atlântico (da Cidade do Cabo a Ilhabela) e o veleiro Picolé chegou aos trópicos, um pouco acima da latitude do litoral norte de São Paulo. Depois de sair do sul do continente africano com frio na semana passada, os dois enfrentam agora calor forte durante o dia. Os ventos caíram nos últimos dias e no mapa, que pode ser acompanhado em tempo real pelo site travessiadoatlantico.tumblr.com, o avanço foi pequeno. Porém, segundo relato de Pandiani, o barco veleja com mais velocidade.

"O vento voltou e já estamos novamente no caminho de casa. Comemoramos nossas primeiras 1.000 milhas náuticas. Estamos com condições boas agora. O calor é intenso e quando o sol está em cima de nós, haja protetor solar! As noites continuam frescas e até faz um friozinho gostoso, mas a água também esquentou e está com um tom de azul indescritível", disse Beto, que aproveitou a calmaria do dia anterior para arrumar o veleiro e tomar o primeiro banho em uma semana. "Já de roupa limpa, o Igor me perguntou aonde ia hoje à noite arrumado”, brincou.

Igor Bely conseguiu até nadar quando a situação estava mais calma na quinta-feira, 27, bem diferente do início da viagem quando paredes de água assustaram a dupla. "Após dois dias de muito vento, nós pegamos dois dias sem nada. Se você segue nossa aventura no mapa pode estar pensando: esses caras não sabem velejar. O mar está liso, sem vento. Parece que alguém mudou a água do mar para um azeite. Mesmo as tartarugas marinhas são mais rápidas do que nós", contou o parceiro de Pandiani. "É incrível como as coisas podem mudar rapidamente, dois dias atrás era frio e tivemos muito vento. Depois passou pra muito quente e sem vento", completou.

A estratégia da dupla foi subir um pouco mais, em uma linha imaginária na reta do Espírito Santo e de Angola, para buscar vento e seguir em direção ao Brasil. Pandiani e Bely escolheram fazer uma parábola no caminho entre os continentes para evitar ainda mais zonas de tempo e mar ruim, mas as dificuldades são constantes, como a oscilação do vento e os perigos da Costa dos Esqueletos, que ficou para trás. A viagem é de 4.000 milhas náuticas (7.800 quilômetros), mas poderá chegar em 5.000 milhas náuticas (9.260 quilômetros).

 

Redação Bombarco
Fonte: ZLD
Fotos: Igor Bely/Divulgação

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