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Projeto Tamar protege desova de tartarugas no litoral de Sergipe
O litoral do Estado de Sergipe, na Região Nordeste do País, é a principal maternidade de muitas espécies de tartarugas que vivem no Brasil. Anualmente, entre os meses de novembro e janeiro, a principal atração das praias sergipanas é o vai e vem de tartarugas das espécies: Oliva (a que mais desova no Estado); Cabeçuda; Pente; e, Verde, que chegam até a areia para iniciar o processo de desova supervisionada e protegida pelo Projeto Tamar.
Segundo Jamile Argolo, bióloga do Projeto Tamar em Sergipe, o Estado recebeu mais de seis mil desovas na temporada passada (de agosto de 2009 a março de 2010).
Os meses mais movimentados de tartarugas em processo de desova no litoral de Sergipe vão de novembro a janeiro, mesma época de férias e maior movimentação de turistas nas praias. De acordo com a bióloga do Projeto Tamar colaboradores e voluntários da instituição realizam, durante o ano todo, práticas de proteção das tartarugas mães:
“As principais práticas são colocação de estacas para demarcação dos locais onde estão os ninhos; biometria e coleta de material biológico de fêmeas; manejo de desovas; e, trabalhos de educação ambiental, como palestras em escolas, oficina nas comunidades e campanhas educativas que colaboram para a preservação desses filhotes”, garante Argolo.
Os ninhos chegam a armazenar até 120 ovos de espécies Oliva por período. Até o final do mês de janeiro foram registradas 4.600 desovas no total, em todo litoral:
“As tartarugas desovam na areia, nos mesmos lugares onde nasceram há 30 anos”, ressalta.
Após a desova os filhotes saudáveis são imediatamente liberados ao mar, como no ciclo natural das tartarugas marinhas. Apenas os animais que são encontrados encalhados vivos (adultos e filhotes) recebem tratamento:
“É sabido que se filhotes de tartarugas marinhas permanecerem por muito tempo em cativeiro podem perder suas habilidades naturais, impossibilitando que os animais sejam soltos no mar”, explica a bióloga do Projeto Tamar.
Turistas, cuidado!
Para ajudar o Projeto Tamar a proteger a desova de tartarugas no Estado é preciso que os turistas, moradores e veranistas tomem consciência e algumas posturas quando estão nas praias. Segundo Jamile Argolo praticas simples já ajudam o processo:
- Não mexer nas desovas nem nas fêmeas que desovam nas praias;
- Não transitar na praia com veículos, especialmente na faixa em que as tartarugas desovam;
- Entrar em contato com o Projeto Tamar sempre que avistar um animal adulto desovando ou um filhote perdido na areia (Projeto Tamar de Sergipe - (79) 3276-1201)
Mais informações acesse o site da entidade http://www.tamar.org.br/
Bruna Sales para Bombarco
Foto: Projeto Tamar