Mulheres ao Mar na Marina Itajaí

Mulheres ao Mar na Marina Itajaí

Já foi o tempo em que o mercado náutico era dominado apenas por homens. Hoje, as mulheres atuam em diversas áreas no setor e são também um público-alvo importante para os fabricantes de embarcações. É o que afirma Natasha Secchi, 32 anos, que trabalha há dez anos no mercado náutico, com venda de embarcações, e há três como gerente comercial com aluguel de vagas para barcos na Marina Itajaí, em Santa Catarina.

 

 

Além de trabalhar no setor, ela é amante da náutica, inclusive com uma travessia internacional no currículo, de Fernando de Noronha até o Caribe. Com um cargo importante em uma das maiores e mais modernas marinas do Brasil, Natasha tem acompanhado o crescimento feminino no setor: "A cada ano a representatividade feminina aumenta, tanto na área comercial, design e decoração, como também técnica e de engenharia. Outra questão é que muitas mulheres participam também do processo de decisão de compra e muitas vezes estão à frente da negociação em si”.

 

 

Foi o que aconteceu recentemente com a catarinense Gabriela da Silveira Marega, de 24 anos, que mora na Marina Itajaí junto com o marido, Jessé, e o filho de quatro patas, Kiwi, no veleiro Chicama II. Desde criança já nutria uma paixão pelo mar e costumava surfar em Garopaba. Há cerca de dois anos decidiu abandonar o jeito tradicional de morar e passou a viver em um veleiro. “O luxo diminui, a vida simplifica, mas os benefícios são muito maiores que as dificuldades. Quem nunca sonhou em viver desse jeito?”, questiona.

 

 

Se deixar o conforto de uma casa de lado para viver no mar já é uma decisão difícil para qualquer pessoa, imagine para uma mãe. Marina Louise Bittencourt, de 23 anos, passou a morar no veleiro Beduíno quando o filho tinha apenas dois meses. “Já não estávamos mais satisfeitos em viver aquela vida padrão que todos levam e tínhamos muita vontade de viajar. Conhecemos algumas pessoas que viviam a bordo e a ideia começou a criar forma, então decidimos vender nossa casa”, relembra.

 

 

Assim como a Gabriela e a Marina, a pedagoga Liana Bollbuck, de 30 anos, também tem um caso de amor com o mar desde criança. Ela mora em Curitiba, PR, e tem um veleiro monocasco, chamado Relax, que fica atracado na Marina Itajaí. Liana recebeu recentemente uma certificação em yachtmaster, que é um certificado de competência internacional para operar embarcações de até 24 metros ou 200GT em qualquer parte do mundo. "Foi uma das experiências mais incríveis da minha vida”, comenta.

 

 

A expansão da contribuição das mulheres no setor náutico reflete uma realidade que já está presente em todos os setores da economia. Que as histórias dessas mulheres guerreiras possam inspirar outras mulheres a irem em busca dos seus sonhos, sejam eles quais forem.

 

Fonte: Rotas Comunicação

 

Edição: Bombarco