Depois de vencer a Semana Internacional de Vela do Rio de Janeiro, no domingo, 6 de janeiro, o que marcou a reestreia na classe Finn, Bruno Prada matem o ritmo intenso de treinamento e foca no seu segundo desafio da temporada, o Campeonato Brasileiro da classe. A partir do dia 18, o velejador buscará seu quarto título na competição, que já venceu em 1993, 1997 e 1998, enfrentando condições de clima que devem exigir muito do físico dos velejadores, no Yatch Club Paulista, na represa de Guarapiranga, em São Paulo.
"O Brasileiro de Finn será bem difícil, pois os ventos na represa são rondados e extremamente irregulares. Além disso, os barcos flutuam menos na água doce. Juntando esses fatores, acredito que teremos um campeonato muito equilibrado", analisa Prada. Entre os adversários na disputa, estará Jorge Zarif, representante brasileiro da Finn nos Jogos de Londres 2012, com quem Prada teve duelos acirrados na Semana de Vela do Rio.
Treinamento intenso na volta à Finn
Em seu processo de readaptação à Finn, Bruno intensificou os treinos, fez dieta e já perdeu 10 kg. "Estou sentindo saudades dos doces e dos chocolates",confessa. Na primeira competição do ano, no Rio de Janeiro, se mostrou à vontade na antiga classe. Mas ainda busca maior adequação às mudanças pelas quais passou o barco da Finn nos últimos anos. "A maior diferença, da época em que eu competia na classe para agora, é a bombada na popa, que exige muito mais do preparo físico dos velejadores", explica. Por isso, investe num maior volume de exercícios aeróbicos.
Entre 1989 e 2004, período em que competiu na Finn, o atleta conquistou 45 títulos, entre eles três pré-olímpicas (1997, 1998 e 2001), além dos três brasileiros. "Também lembro com carinho da medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, em 1999", diz o velejador, que tem como meta para 2013 se firmar entre os três melhores do Brasil na classe.
Bruno Prada conquistou o tricampeonato mundial e duas medalhas olímpicas - prata em Pequim 2008 e bronze em Londres 2012 - na Star, nos últimos oito anos, ao lado de Robert Scheidt. A separação forçada da dupla foi motivada pela saída da Star do programa olímpico. Mas nem por isso os dois se distanciaram. "Tenho contato com o Robert (que voltou à classe Laser) por e-mail e Skype. Além disso, tirando o Mundial, nos encontraremos em todas as competições do circuito mundial", conta Bruno.
Redação Bombarco
Fonte: Local da Comunicação