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No dia 2 de agosto, a Câmera de Comércio Exterior (Comex) decidiu eliminar a sobretarifa de 15% que indicia, desde 2011, sobre barcos a motor importados, medida, que de acordo com a Associação Brasileira de Construtores de Barcos e seus Implementos (Acobar), afeta diretamente os pequenos e médios estaleiros brasileiros, que representam 905 da indústria nacional. Para a associação, os barcos brasileiros passarão a competir de maneira desigual com os importados que têm custo de produção muito menor.

A Acobar calcula que os estaleiros podem demitir até mil profissionais qualificados e ter um prejuízo estimado em R$ 80 milhões até o fim do ano.

A Associação alega que o corte na alíquota não tem fundamento econômico já que o setor enfrenta um período de baixa demanda e que, exatamente por isso, o governo deveria defender a indústria nacional. “A Câmara cedeu às pressões de empresas internacionais que estão tentando, a todo custo, entrar no mercado brasileiro e fugir da crise no resto do mundo”, afirmou Eduardo Colunna, presidente da Acobar.

A frota brasileira de embarcações de esporte e recreio acima de 16 pés compreende um número em torno de 70.000 barcos. A expectativa era crescer até 30% nos próximos quatro anos, o que não deve acontecer, frente a perda de potencial competitivo da indústria nacional.

Redação Bombarco
Fonte: Bizzu Estratégia Criativa
Foto: Bombarco